Reservatórios e Hospedeiros
Leishmaniose Tegumentar Americana
São considerados rervatórios da LTA as espécies de animais que garantam a circulalação de leishmanias na natureza. Infecções por leishmanias que causam LTA foram encontradas em várias espécies de animais silvestre (roedores e marsupiais) e domésticos (cães, gatos e cavalos). Variam conforma a espécie de leishmania:
*Leishmania amazonensis: Vários marsupiais e principalmente o roedor "rato-sóia" (Proechymis).
*Leishmania guyanensis : Vários mamíferos foram identificados como hospedeiros naturais: preguiça (Choloepus didactilus), o tamanduá (Tamanduá tetradactyla), marsupiais e roedores.
*Leishmania braziliensis: Até o momento não foi identificado definitivamente nenhum animal silvestre como reservatório; no entanto é comum encontra-lo em espécies domésticas como cães (Ceará, Bahia, Espírito Santo Rio de Janeiro e São Paulo), equinos e mulas (Ceará, Bahia e Rio de Janeiro) e roedores como o rato-preto, o rato-do-mato e o rato-da-água.
Rato-preto (Rattus rattus, esq.) e rato-do-mato (Bolomys lasiurus)
Leismaniose Visceral Americana
Na área urbana o cão é a principal fonte de infecção. No ambiente silvestre os reservatórios são as raposas (Dusicyon vetulus e Cerdocyon shous) que agem como mantenedores do ciclo da doença e os marsupiais. No Brasil as raposas foram encontradas infectadas nas Regiões Nordeste, Sudeste e Amazônia. O homem também pode ser fonte de infecção principalmente quando o calazar incide sob forma de epidemia. O cão infectado pode ou não desenvolver o quadro clínico da doença cujo sinais são: emagrecimento, eriçamento e queda de pêlos, nódulos ou ulcerações, hemorragias intestinais, paralisia de membros posteriores, ceratite com cegueira e caquexia. Pode evoluir para a morte nos casos mais graves. O reconhecimento das manifestações clínicas destes reservatórios é importante para adoção de medidas de controle da doença.